São muito poucas aquelas pessoas que nunca tiveram uma dor de cabeça. Esta pode ser incapacitante para o doente e levar a absentismo laboral e a uma má qualidade de vida. A dor de cabeça refere-se a uma sensação de desconforto na zona do crânio. É uma sensação que pode ser descrita de diversas formas e intensidades, de acordo com as características individuais de cada pessoa.

Sendo que a dor serve de alerta para o risco de lesão, ao sermos alertados para uma provável lesão num órgão tão importante como o cérebro, é natural que a pessoa com dor de cabeça fique preocupada com o seu significado e consequências.

Mas, a dor de cabeça nem sempre significa que a lesão seja no cérebro. Aliás, na maioria das vezes não existe lesão. No entanto, é preciso averiguar as causas.

A dor de cabeça pode ser causada por diferentes agentes e tanto pode aparecer como consequência de uma infeção viral das vias respiratórias, de uma anemia, de doenças crónicas ou, por até estar relacionada com um derrame sanguíneo no cérebro. E, claro, o cansaço. Costuma ser o motivo mais frequente para as dores de cabeça. As pressões psicológicas, a falta de tempo e até a falta de sono podem desencadear dores de cabeça.

O facto de ser um sintoma tão comum leva a que frequentemente seja banalizado. Facilmente se encontra uma justificação para a ocorrência da dor de cabeça e por isso, muitas vezes, recorre-se à automedicação.

A primeira escolha geralmente é o paracetamol, mas em casos de dor de cabeça resultantes de inflamações ele não será suficiente. Há tipos de dor de cabeça que melhoram com a toma de um anti-inflamatório, como o ibuprofeno.

No entanto, deves saber que em situação alguma deves avançar para a automedicação. O ideal é ires à tua farmácia de referência e explanares a situação. O teu farmacêutico vai dar-te os melhores conselhos para a tua situação em particular ou encaminhar-te para o médico, se for caso disso.

Deves recorrer às urgências em casos de uma dor de cabeça que:

- Tenha um início súbito e cujo grau de intensidade é máxima praticamente desde o início do seu aparecimento;

- Esteja acompanhada de dor cervical (no pescoço) e que impeça os movimentos da cabeça, nomeadamente levar o queixo ao peito;

- Confusão, alteração do estado de consciência, convulsões e outros indicadores de comprometimento neurológico.

A enxaqueca é uma dor de cabeça com particularidades distintas, entre elas, o facto de não ser tratada comas substâncias ativas geralmente utilizadas para uma dor comum.

Contudo, não desanimes! Há formas de atenuar as enxaquecas. Experimenta esta abordagem não farmacológica:

- Aplica compressas frias no local da dor e faz pressão nessa zona.

- Descansa num local escuro e em silêncio.

- Tenta relaxar.

A medicação muitas vezes ajudar a prevenir e tratar estas crises e, por isso, fala com o teu médico. Experimenta diversas abordagens até encontrares aquela que resulta para ti. Deves entender esta dor como uma dor em particular para a qual existem tratamentos específicos e formas de prevenção também.

- Procura ter um estilo de vida equilibrada entre a família, trabalho e lazer.

- Evita os agentes desencadeantes (em algumas pessoas há cheiros ou alimentos – o café por exemplo – que facilitam o aparecimento da crise. Até os produtos de limpeza podem ser desencadeantes em algumas pessoas).

- Ter uma boa higiene do sono. Deves dormir todos os dias o número de horas que necessitas e num ambiente confortável e silencioso.

- Evita o uso excessivo de medicamentos analgésicos.

As dores de cabeça são sentidas por quase todas as pessoas, em determinadas fases da vida. Se por um lado não a deves sobrevalorizar, também não deves descuidar o seu tratamento. A enxaqueca é um dos tipos de dor de cabeça muito frequente, mas para a qual já existe tratamento e formas de prevenir.